Jin acordou, a meio da tarde, na sua cabana. Tinha fome, mas nada tinha para comer, então decidiu ir treinar para ver se se esquecia da fome. Encostada a um canto da cabana estava Nomi, a sua marioneta de cinquenta centímetros, vestida com uma roupa de farrapos e com um papel no meio da testa com o Kanji de “Nomi”.
Levantou-se num pulo e encarou as suas pobres, rotas e sujas vestes. A sua família adoptiva era rica mas Jin optara por viver à sua própria custa. E ali estava ele, faminto, sujo e a viver numa cabana abandonada.
Descartando os pensamentos como uma mulher descarta um absorvente interno de cuidados higiénicos perante o fluxo mensal, Jin estava agora totalmente empenhado só e unicamente em treinar. A sua vontade algo forçada de ficar forte era perceptível no seu treino árduo.
O jovem de cabelos azuis pegou então na sua marioneta e atirou-a pela janela da cabana. Bem, na verdade não era bem uma janela, pois nem sequer as armações que seguravam o vidro eram existentes. E concentrou-se então em realizar um Kawarami com a marioneta.
Lera sobre tal habilidade no seu livro “Puxar os Fios” escrito pelo outrora herói de Suna: Kankuro. O seu criador chamara-lhe de “Kugutsu Kawarami no Jutsu” e tendo em conta que Jin havia aprendido o Kawarami normal na academia, não seria difícil de executar a habilidade.
Jin não conseguiu à primeira. A verdade era que o jovem nunca usara a habilidade fora da academia. Era-lhe inútil e ridícula a seu ver, mas tal caso não se aplicava à sua vertente de Kugutsu. O rapaz começou então por executar um Kawarami normal, e conseguiu executá-lo na perfeição, lembrando-se então dos seus tempos de academia.
Aquando muito novo, Jin fora adoptado pela família Denki, uma família com grande poder monetário sobre o comércio local e dono de vários interpostos comerciais, sendo o maior o do País da Onda, onde a família tinha a sua mansão.
Foi-lhe explicado desde novo que Jin havia sido adoptado, de qualquer forma a cor de olhos e de cabelo do jovem teria denunciado logo tal facto e talvez por isso a família decidira contar cedo. Foi-lhe também explicado que Jin fora escolhido entre todos do orfanato por possuir uma Linhagem Sanguínea Avançada.
Mas Jin nunca conseguira activar a sua bloodline de que tanto a família o pressionou a libertar. O rapaz fora enormemente pressionado a ficar forte aquando o seu tempo académico, e a sua decisão de deixar de viver na mansão causara o fim de tais pressões.
Acordou para o mundo, tais reminiscência do passado pesava-lhe na alma. Concentrou-se novamente, desta vez berrando em fúria perante o insucesso. Toda a vida falhara, nunca fora suficiente bom, nunca preenchera as espectativas dos seus pais, e uma vez mais falhara!
E numa questão de momento, Jin conseguiu trocar de posição espacial com a sua marioneta Nomi. O rapaz sorriu. A versatilidade desta técnica num combate era inexplicável e era então, um passo a mais perante o seu objectivo.
- Mestre Jin?
Uma voz estranhamente familiar. Não.. Não podia ser.
- Tarui? – questionou Jin ao virar-se.
Sim realmente era Tarui, o mordomo da família Denki. Um homem velho e careca, com uns restos de cabelo branco ainda, e um bigode muito bem tratado da mesma cor. Vestia um smoking preto e umas luvas brancas. O casaco do smoking estava aberto dando assim para visualizar a sua camisa branca com um pisco preto. E além dos sapatos, que Jin se lembrava de estar sempre bem engraxados, tinha manchas no resto da roupa.
- Mestre Jin… - começou ele – O seu pai ordena-lhe que o senhor volte a Konoha… - explicou ele a razão para a qual encontrava-se ali.
- E se eu não quiser? - disse Jin friamente
- Mestre Jin, peço-lhe…
Jin olhou para o lado, com clara fúria acumulada e frustração.
- Senhor… o seu pai promete-lhe não o chatear mais com o assunto da Linhagem Sanguínea Avançada e ele compromete-se a dar-lhe aquilo que você precisar… - O pai de Jin não o chatearia mais? Bem já era um começo. – desde que você volte para a vila, que o senhor vosso pai tanto dinheiro disponibilizou …
Sim, o pai de Jin financiava Konoha. Não sabia bem quais os seus planos, mas Jin sabia que era meramente uma arma em construção, arma essa que o seu pai estava desejoso de controlar.
- Está bem, eu voltarei para aquele lugar entediante – disse Jin num tom de desprezo – mas eu quero uma coisa!
- Diga…
Na noite anterior Jin estivera a planear mais um veneno. Um composto químico que em contacto com o Azoto libertava um gás com efeitos sedativos, e o seu antídoto: um medicamento barato chamado de Flumazenil.
Jin rasgou então uma folha onde tinha todas as informações da execução do veneno, bem como ingredientes, e passou-lha a Tarui. Se o iam fazer abandonar o País do Rio sem que o jovem terminasse os seus venenos, iria obrigar outros a trabalhar por si.
- Quero que isto me seja entregue o mais rápido possível!
Tarui acenou afirmativamente e começou o seu caminho de volta, parando ainda e olhando para traz, para Jin a arrumar os seus poucos pertences, e depois continuou o seu caminho.
- Aff… - suspirou Jin.
E saltando de árvore em árvore, o Jovem de cabelos azuis executou o seu caminho até ao País do Fogo.
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