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    Mensagem por Admin Sex 6 Jul 2012 - 20:21

    Rikudou Hujyang escreveu:
    Bom Hujyang já é um Gennin com uma idade avançada para o seu escalão e antes de se fixar em Konoha viajou por diferentes e mais pequenas vilas que tentavam entrar no mundo shinobi ao recrutar shinobis para a sua força militar. Uma dessas vilas foi Iwa, onde Hujyang permaneceu durante algum tempo e onde encontrou a “luz” da sua vida…
    Hikari=Luz
    Hajime=Começo
    ~ Luz para um novo começo ~
    Encolhido, de joelhos ao peito ouvindo a chuva cair seca no telhado de pedra por cima de si. As janelas encontravam-se fechadas e a luz que entrava pelas frestas das persianas era rapidamente engolida e consumida pela escuridão que habitava o quarto. De cabeça apoiada nos braços cruzados, que descansavam sobre os joelhos, Hujyang deixava-se levar pelo som das gotas que uma a uma entravam no seu subconsciente misturando-se com a parafernália de pensamentos que assombravam a sua mente, mesmo assim vazia, do recém-chegado. Tudo lhe era estranho, tudo lhe era diferente, tudo tão distante, mas ali tão perto.

    Devagar, levantou-se. Melancolicamente caminhou em direcção á janela mais próxima. Puxou bem devagar o pequeno fio que fez as persianas correrem para cima e deixarem a luz, do céu encoberto de nuvens, adentrar no quarto. Tudo era pedra naquele lugar… Tudo era pedra encharcada pela chuva de Janeiro. O caudal das pequenas cascatas, que ladeavam a vila, aumentara significativamente nesta última semana .

    De gabardine vestida, Hujyang lança-se á chuva saltando da janela do seu quarto. As gotas que lhe embatiam na face (única parte a descoberto da pele do shinobi) refrescavam-lhe a mente. Havia pouca gente na rua. Todos tinham recolhido a seus respectivos lares - Um lar… - suspirou Hujyang.

    O jovem shinobi nunca teve a oportunidade de chamar a sua casa um lar. Desde que se lembra de ser gente que vagueia de cidade em cidade á procura de algo, de um je ne sais quoi, de algo que lhe preenchesse a alma de regojizo e de significado. Mas toda a sua busca havia sido em vão. Talvez nesta fortaleza viva que é Iwagakure Hujyang conseguisse encontrar algo que desse sentido á sua vida, algo que lhe fizesse levantar da cama todos os dias e não passar se não de uma ferramenta despegada de qualquer conotação e sentimento… - Quando parará esta chuva? – indagou. Sim, quando pararia esta chuva? Quando daria a chuva lugar a tempos mais solarengos e risonhos? Quando sairia da chuva que era a sua vida? Quando e o que fará com essa chuva maldita e impiedosa deixe de fustigar a jovem alma de um ser sem passado, sem futuro à vista e com um presente inundado de chuva fria que não cessa? - Quando…? – lamentou baixinho enquanto corria pelas ruas da cidade agora deserta onde apenas o som dos seus passos molhados, ecoando pelas paredes de pedra das casas, era passível de qualquer percepcção…

    Sem rumo corria desalmado como se buscasse algo, como se estivesse atrasado... Talvez atrasado para a vida, atrasado para a felicidade, atrasado para os sonhos que nunca lhe foram permitidos ter. Corria e fugia de um passado que o assombrava sem nunca ter acontecido sem o nunca ter experimentado – Quem sou eu? O que sou? Para onde vou? – Tudo perguntas lançadas a chuva que o ignorava limitando-se apenas a cair, e a cair, e a cair...

    Correndo sem rumo, guiado pela chuva, Hujyang deteve-se repentinamente. A chuva abrandara um pouco e o Sol tentava desesperadamente raiar sobre Iwa. O gennin parou para pensar sobre nada. Abeirou-se da parede mais próxima e encostou-se de costas. Lentamente, deixou-se escorregar até se encontrar sentado á beira daquela estrada. Parecia uma rua comercial, uma panóplia de letreiros, de cartazes, de panfletos molhados e rasgados no chão, enchiam a rua de cor. Toda aquela ruela pedia por vida, pedia por gente que a enchesse e que lhe pegasse pela mão…

    A chuva parava de cair. Aqui e ali o som das portadas das janelas, que se iam abrindo timidamente, era audível. As pessoas voltavam á rua, inserindo-se na rotina interrompida pela intempérie. O sol brilhava forte ao fundo daquela rua e as cores tomavam brilho. Um panfleto, brincando ao vento, ousou pousar no colo do Gennin. O olhar do shinobi foi imediatamente parar a uma pequena cara sorridente no canto superior direito do panfleto amarelo; Hujyang retorquiu com um esgar sorridente que de imediato o fez levantar do chão.

    Caminhava agora calmamente observando tudo a seu redor, embrenhando a nova cidade em todos os seus sentidos. O cheiro a terra molhada, o burburinho das gentes que regrassavam ao trabalho, o áspero das paredes das casas, o sabor a chuva, as cores de tudo o que tentava disfarçar a monocromia de toda a vila. Pois bem, todo este processo lhe roubara a atenção do caminho que seguia e o inevitável sucedeu-se…

    Com o virar da esquina, um encontro súbito entre o Gennin e uma jovem moça que seguia pacificamente o seu trajecto da mercearia a casa. Um encontrão foi o suficiente para levar a jovem a estatelar-se no chão molhado. Atrapalhado, Hujyang apressa-se a ajudar a rapariga, cujo os olhos começavam a aguar, a sair da lama.

    - Outra vez não… - suspirava a moça que reparava nas lágrimas secas na face do rapaz.

    - Oh! Desculpa-me… ia distraído. Estás bem? – disse aflito Hujyang.

    A jovem conteve as lágrimas ao ver o aparente estado do rapaz, sentiu empatia. Com um delicado puxar de braços, o Gennin levantou a moça que agora estava completamente enlameada. Hujyang riu. Não conseguiu conter o riso mesmo sabendo que a culpa tinha sido dele.

    - Não tem piada… - suspirou de novo a moça, corando.

    - Ai… desculpa! Não consegui conter-me, que dia este... – confidenciou Hujyang

    - Pois parece-me que já somos dois! – desabafou enquanto tentava limpar a terra da sua saia. Hujyang encontrava-se deveras atrapalhado e esboçava um sorriso nervoso; não sabia como reagir perante tal situação constrangedora. Por sorte, os sacos conseguiram proteger toda a comida de ir ao chão e se sujar – Menos mal… - disse para si mesmo baixinho suspirando de alívio.

    - Como te chamas? – perguntou docemente a jovem.

    - Hujyang, e tu? – respondeu de pronto.

    - O meu nome é Hikari*!!! – disse alegremente.

    O semblante de Hujyang alterou-se completamente. Sentiu as mãos tremulas, ficou sem reacção. Parou por um segundo, mas a sua mente viajou o equivalente a mil anos de pensamento. Deixou cair o pequeno panfleto amarelo que trazia consigo. Quando voltou a si, não conseguiu impedir que uma lágrima lhe corresse a face, mas desta vez era diferente. Era uma lágrima de felicidade…

    - Não precisas de ficar assim, eu sei que não foi de propósito! – exclamou a moça vendo a reacção do Gennin.

    - Não é nada, é só o cabelo molhado… não é nada. – respondeu disfarçadamente.

    - Tenho de me despachar se não o meus pais matam-me! – disse baixinho falando com os seus botões.

    A rapariga sorriu e quando se aprontou a pegar nos seus sacos reparou no panfleto que tinha caído das mãos de Hujyang. Reconheceu-o de imediato, era-lhe familiar, bastante até. Pegou nele e sacudiu-o. Estendeu o braço devolvendo-o a Hujyang, que passava a mão pelo seu cabelo molhado – Devias ir experimentar este sítio, dizem que é muito bom! – apelou Hikari sorrindo para Hujyang que pegava no panfleto dando-lhe mais atenção.

    - Pois se o dizes! – concordou Hujyang pegando nos sacos de Hikari – Bom, acho que a única coisa que posso fazer para compensar todo este aparato e levar-te os sacos até casa! – exclamou sorrindo para Hikari que, assim sendo, se fazia a caminho.

    Agora, tudo na cidade transpirava vida, transpirava luz. Todas as pessoas eram afáveis apesar de viveram naquela “pedreira” viva que era Iwagakure. Hikari parecia conhecer toda a gente e tinha sempre um sorriso pronto para cumprimentar quem fosse. O chão enlameado atrasava a marcha dos jovens, mas isso não lhes fazia confusão, pelo contrário… Entre palavras e risos e histórias o caminho foi encurtando, ficando mais pequeno, mais brilhante e mais solarengo á medida que o Sol fazia o seu caminho para o ponto mais alto no céu.

    - Obrigado pela ajuda Hujyang! – disse tirando gentilmente os sacos da mão do rapaz – Bem, já está na hora do almoço, os meus pais já devem ter o comer pronto… Ficas para almoçar? – perguntou educadamente Hikari pensando em compensar a ajuda de Hujyang com um almoço.

    - Bem… não sei, já tinha pensado em ir experimentar o tal restaurante… - retorquiu nervoso enquanto via Hikari gargalhar – Que foi? O que é que eu disse? – perguntou a rir Hujyang sem perceber o porquê de tanta risota por parte de Hikari que apontava freneticamente para um letreiro por cima da porta da sua casa. “Hajime* Ramen” conseguia-se ler em letras rubras sobre um pano amarelo – Tonto… aquele panfleto que tinhas é do restaurante do meu pai!!! – ria desenfreadamente Hikari. Posto isto o jovem também não conseguiu conter o riso enquanto entravam os dois para dentro do restaurante.

    - Pai, é o especial da casa aqui para o jovem! – pediu Hikari a seu pai que se encontrava na cozinha.

    - Já a sair! Preciso é dos sacos primeiro… - disse o pai de Hikari igualmente sorridente.

    Hujyang sentou-se numa pequena mesa de madeira velha. A cadeira, a condizer com a mesa, era feita de madeira escura bem trabalhada até ter sido conseguido um toque macio quase aveludado. Para uma cadeira com aspecto tão envelhecido era bastante confortável. O som da faca contra a tábua de cortar era forte e ecoava pelas paredes de pedra da sala de jantar. Pelo meio do corta-corta e do raspa-raspa da lide culinária ouvia-se a cidade a respirar lá fora. Toda aquela mistura de sensações era inebriante… O cheiro do comer, o cheiro a pedra húmida, o cheiro da madeira velha, e o cheiro leve e viciante a perfume de mulher; cheiro tal que ficava solene a pairar pela a sala de cada vez que Hikari fazia o caminho desde a cozinha até á mesa de um qualquer dos demais clientes que haviam entrado desde a chegada de ambos…

    Passaram cerca de quinze minutos, e agora Hikari fazia o seu caminho para a mesa do jovem. Trazia nas mãos um tabuleiro, também ele de madeira, com uma enorme taça fumegante de comida. Já a própria Hikari vinha agora vestida de farda. Um vestidinho avermelhado coberto por um pequeno avental branco de combinava com a fita que lhe prendia o cabelo longo e arruivado. Ao peito trazia um pequeno jade que imitava na perfeição a cor dos seus olhos.

    - Aqui tens! Bom apetite! Espero que gostes… fui eu que fiz – disse olhando nos olhos do moço.

    - Então, mas não era o teu pai o cozinheiro? – disse metendo conversa.

    - Não duvides dos meus dotes!!! – disse piscando o olho e pousando os talheres junto do tabuleiro que agora estava pousado sobre a mesa – Quem sai aos seus não degenera!!! – acrescentou Hikari enquanto voltava para a cozinha fazendo o chão de tijoleira parecer a maior e mais famosa das passarelas.

    Desviando agora a sua atenção para o prato que se detinha defronte dele, Hujyang muniu-se de imediato dos talheres de alumínio e começou a sua refeição. Que deleite! Que delícia! Tudo pensamentos que lhe passavam pela mente enquanto consumia a que parecia ser a melhor refeição da sua vida. O fundo do prato estava cada vez mais próximo e os restantes clientes deixavam, contentes e satisfeitos, o restaurante. O Sol já descera do seu poleiro e a noite lutava com o dia. Hikari saía, estafada, da cozinha e colocou-se atrás do balcão. Hujyang pegava num guardanapo, limpou os lábios e dirigiu-se ao mesmo balcão onde se encontrava agora a moça.

    - Quanto te devo? – perguntou com um sorriso.

    - Nada, não digas nada a ninguém, mas este fica por conta da casa! – sorriu de volta.

    - Ah… Muito obrigado, não sei como te agradecer… – disse surpreendido.

    - Não tens de quê, obrigado por me teres mandando ao chão! – riu enquanto esticava a mão como que entregando a Hujyang o tal panfleto, meio enlameado, que ele encontrara anteriormente. Parecia-lhe igual a qualquer outro, mas Hikari parecia insistir em que Hujyang levasse o tal panfleto amarelo.

    - Volta sempre! Até á próxima! – exclamou Hikari enquanto Hujyang saia do restaurante acenando em modo de despedida…

    Já sozinho nas ruas envoltas pelo crepúsculo, Hujyang tinha um sorriso profundo estampado na cara enquanto caminhava calmamente em direcção á sua casa. O solo estava agora seco e empoeirado, pelo menos nas ruelas secundárias por onde caminhava. Os seus olhos não se desviavam do papel amarelo… “Hajime”… Saltava-lhe á vista tal nome e Hujyang refletia sobre tal. Só que, tal pensamento foi interrompido, pois o mês de Janeiro, impiedoso por Natureza, trouxe de novo a chuva sobre a cidade. Com as primeiras gotas de chuva, Hujyang soltava uma gargalhada. Aquela já não era a mesma chuva. Aquele já não era o mesmo jovem shinobi sem terra e sem nada. Hoje encontrara a luz… Hoje começava a sua vida, a sua história…
    2108 palavras

      Data/hora atual: Qui 28 Mar 2024 - 18:45